domingo, 16 de janeiro de 2011

Também de amor vive a CARNE. Por Dé Thená

Agora estou perdido
Eu e meu cavalo bandido
Eu te vi pela primeira vez
Dia dezesseis faz um mês

Vestiu-se toda de nu
Seus cabelos encaracolados
Sua língua de carne e sangue
O gosto do pecado

Suas curvas penetrantes
Penetrantes nas minhas vísceras
A costela encravada na pele
A luz que me dirigia

Cadê o meu papel
Que exercia no banco de trás
Escrevia de amor, de sexo
De surubas nos carnavais

Eu me tele transportei
Sinos dourados do amor dos Edens
Brochura suave, um livro ou disfarce
Um príncipe que morreu

Intrínseco é tudo que vejo
Conheço detalhes do seu beijo
Tenho a metodologia
E o manual do seu amor

E tudo que permaneço é calado
O grito é o desespero da alma
Uma forma de apego pela carne
Algo ainda mais profundo que o amor

E seus defeitos perfeitos
Seus seios fartos de mel
A doçura suave do pranto
Leve e tímida como uma flor

Tirei todos seus espinhos
Que guardava ancorados em mim
Tirara-me o couro, o fôlego
Tirara eu de mim

Dé Thená

2 comentários:

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