quarta-feira, 25 de maio de 2011

Não sou o que vê. (Dé)

Você
Queria mesmo me dizer
Das folhas mortas em meu jardim
Das flores sem cores

Pois saiba então
As folhas são o sugo da vida
E as flores sem cores
Libertam minha imaginação

Quando me questiona
Sobre os cigarros que fumo
As roupas que uso
E tudo que guarneço de valor

Sou o que não compreende
Sou o que não se vende
Sou tudo aquilo que te falta
Tudo aquilo que um dia teve

Mas você
Com essa mania filha da puta
Como quem diz amém à Deus e ao Diabo
Ficou no purgatório, encima do muro mudo.

Se os muros falassem não seria de todo mal,
Mas imagina se lessem nossos pensamentos.
CUIDADO. rs'

Dé.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O Poeta iletrado. Dé

Roubei
(Um beijo)
Matei
(Seu desejo)

Condenaram-me
(À Condessa)
Aprisionaram-me
(Em ventre)

Arruinei
(Guerras)
Atirei
(Rosas)

Perdi
(Um jogo)
Caí
(De sono)

Morri
(De amor)
Chorei
(De rir)

Zoneei
(Meu quarto)

Vagabundei
(Ah, vagabundei...)

Vagabundo
(Não vago)

Vivo
(Vivo)

Dé.

O Poeta e o Afeganistão (Dé)

Onde estão as borboletas deste solo rachado e sagrado?
Caros amigos! Escrevo-vos do Afeganistão.

És tão bela e tão escondida em si mesma
Tens os traços rabiscados e dissimulados
Guarneces um olhar negro, brilhante e puro
Trazes o medo, a esperança, a fé, o amor

Donde ódio não há.
Por hoje é tudo que sei sobre o Afeganistão.

Dé.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Arpas (Dé)

O trem partiu
Meu coração
Rumou sem rumo

Da Maria
Fumaça
Do vagão
Fumava

Arriscou um palpite
Furado
O assoalho do maquinista

Findou o dia
Quando nascia
À noite
Fria

Aprontou-se
Livrou-se da cabeceira
Para não ler
Lia por hobby

Dormiu de colo
No meu colo
Sonhou tanto
Que babei

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Minhas honras são poucos corações. (Dé)

Indicam cessar guerra
O pai espera o filho
Este chão tão frio

Morri na Babilônia

Levei comigo tudo aquilo que não escrevi
Tudo aquilo que prometi somente a mim

Todavia deixei-me em poucos corações
Que batem acelerados como meu velho coturno

domingo, 15 de maio de 2011

QUAL É A COR DO AMOR? (CAZUZA - 1989)

LETRA INÉDITA LIBERADA PELA FAMÍLIA:
QUAL É A COR DO AMOR? (CAZUZA - 1989)
Primeiro é o beijo

Quente, procurado
......
A língua procurando a outra

E vendo se a boca combina

Se combina o beijo

Meio caminho andado

Depois é a pele

Se a textura vale

O pelo com pelo

Ou o pelo com o seu pelo

Ou os pelos com meu pelo

Ou o medo

Depois o cheiro

Um procura no outro

O cheiro de colônia ou

O cheiro de prazer

E os dois se embriagam

Ou vão até o banheiro

Depois a cor

O amor tem cor?

Cada amor tem uma cor

Cada beijo tem uma cor

Cor de caramelo doce

Cor de madrugada fria.

domingo, 8 de maio de 2011

Preciso dizer que te amo

Deixa o som entrar em você
Sou seu mais simples acorde

Deixa o som entrar em você
Sou seu mais doce acorde

Fora de hora
Estou aqui a te amar

Consumindo-me aos poucos
Estou aqui a te amar

Deixa eu te buscar na escola
E te dar um pouco carinho

Deixa eu te ensinar que só amor
Só o amor é capaz de tudo

Vou confortar teus anseios e medos
Irei provar-lhe que este amor vale à pena

Te amo
Preciso dizer que te amo

Te amo
E preciso dizer,

Te amo.

sábado, 7 de maio de 2011

Osama Bin Nissin Laden




Um dia disseram-me
Que não levo jeito para cantor
Que escrevo mal à beça
Que não sirvo para ator

Mas esqueceram de avisar
Que não to nem aí para o que pensam de mim

Portanto corra
E tente me pegar
Sou matuto para sobreviver
E ainda faço pose de louco

Falo pouco
Só o que tenho para falar
Canto fora do tom no tom de lá

Notícia urgente de última hora
Osama no fundo do mar
Logo, logo, os peixes
Aprenderão a voar

Já vi príncipe camuflado se casar
Ovelha ser clonada com nome de refrigerante
Presidente da República com fama de ignorante
Mas nunca vi tubarão voar nem peixe espada dar rasante no ar

É meu brother
Estou vivo e tiro onda mesmo



Dé Thená
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