segunda-feira, 11 de julho de 2011

Introdução.

Mendigo? Estou te vendo.
Desculpe, preciso confessar-lhe. Tenho tanta pena de ti.
Tem sentido frio? Fome? Sede? Medo?

Outrora estava matutando sobre tua esperteza. Tu és a vida mais precária e o pulso pulsa forte, não?

Amigo Mendigo! Sei que tem nome e tão logo o perguntarei.

Não se esqueça do cafezinho preto, aquele que te serve de boca de pito pelas manhãs. Ofereço-te com alegria caro amigo Mendigo.

Quando ouço teu ronco, fico tranqüilo, pois sei que estás em paz. Isso me acalma a alma.

Possivelmente, verdade seja dita, quando teu coração não mais agüentar, te restará um buraco qualquer e você deixará de ser um mendigo. Automaticamente será promovido à indigente morto.

Por hoje é só.

Por fim, encerro assim:

Olhei-te com outros olhos amigo Mendigo.
Que a paz te encontre amigo Mendigo.

Amanhã farei seu café.

Dé.

Poeta (1)

Fumo um cigarro amassado
Trago no peito um amor
Conto pequenos contos
Canto ao pássaro e à flor

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