quinta-feira, 29 de julho de 2010

Parafraseando, por Dé Henrique.

Tal qual o mar,
Agitado, sacudido, violento.

Tal qual o céu,
Nublado, obscuro, triste.

Tal qual o ar,
Imundo, precário, adoecido.

Tal qual a terra,
Carregada, enfarruscada, infértil.

Tal qual o fogo,
Tenso, efervescido, irado.

Concluo que,

Somos,
Tal qual o mar;
Tal qual o céu;
Tal qual o ar;
Tal qual a terra;
Tal qual o fogo.

Por fim,

Eis que surge, onipotente. Notável.

A era dos deprimidos.
Conseqüência dos fracassos antepassados. Vivos ou não.

Tal qual, aqui, acolá.

Chavão: De mim para ti...
Não que façamos parte, mas...
Somado, somos.

domingo, 25 de julho de 2010

Versinhos de AMOR, por Dé Henrique.

Pequenininha,
De mim para ti

Tu és meu relicário
Razão do meu viver
Sem ti sou nada
Condenado a sofrer

Do meu coração
Tirastes a dor
Arrancastes para longe
Transformastes em amor

Quero-te sem cessar
Posso beijar-te?
Amar-te? Amar-te?
Ir a marte?

Vivo a esperar-te
Que de tardinha não demore a chegar
E de noitinha tarde a passar
Para te amar, amar-te e te amar

Tu és a essência
Tal qual o ar
Tu és a menina
Que vivo à amar

Respiro-te e te respiro
Sinto-te e te sinto
Quero-te e te quero
Amo-te e te amo

Paz meio ao desespero
Equilíbrio frente às turbulências
Refugio diante às dificuldades
Menina Mulher. Encantas
Por fim, TE AMO. Sem fim

Vivo por ti
Confio todo meu amor a ti
Versinhos de AMOR, para ti
Amo AMAR a ti, a ti

Louco por ti
Doido em ti
A esperar-te
A amar-te
Em ti confio meu coração

sábado, 24 de julho de 2010

Quem és tu anjo? Por Dé Henrique

Conheces àquele rapaz de barba?
Maltratado, surrado, decadente
Jogado as traças no último vagão
Sem que possa conduzir-se por si só
Vive a esperar por alguém. Não sei quem

Por pouco está vivo, assim penso
O que lhe foi feito? O que teria ele feito?
Olho-te e vejo o imperfeito
Torturado pelo tempo, por tempos

Qual será sua parada? De onde viestes?
Se pudesse ao lado dele estar, o perguntaria
Sem mazelas ou pudor, lhe diria
És a morte, velha e certa. Infiel

Dolorosa aos que ficam. Fincam!
Fincados ficam a esperar-te
Segues viajante, segue-te
Como quem muito quer, a qualquer custo

Levastes multidões ao primeiro encontro
Sequer convidou-os a outros bailes
Serviu-os aos montes, aos gritos
Aos céus, aos abismos, ao fim interminável

Friamente e ligeiramente
Apenas fiquei a observar-te
Podia tocá-lo, respirá-lo. Assim o fiz
Recuei, por pouco despertastes. Por muito pouco
A fio e destemido por pura covardia, seguistes solitário a viajar

Aos poucos lhe notei à noite
Ao meu lado, calado começou a falar
Trazia consigo roupas limpas e claras
Cheirava bem, carregava um belo porte
Fatalmente à noite lhe trouxestes vida

Se tratava do mesmo, tua barba não deixava-o negar
Àquele pedaço, opaco e falecido por si só
Trocou-se no todo, agregou-se
Apoderou-se de ti que não verei jamais

Eis que lado a lado estávamos
Seu silêncio trazia acalento
Lento, lento, demasiadamente lento
Momento por momento

Cedendo aos poucos toda força que sobrara
Força que tanto cultivara em minhas angustias
Com a vista enfraquecida e insuficiente
Entregara-me de vez sem talvez

Confia-me teu resto
Dá-me a fala, o veludo
Estas desnudo, solúvel
Pulso a pulso perdi os impulsos

Anjo, de mim para ti
Alimentai minhas angustias em ti?
Guardais meus segredos contigo e mais ninguém?
És tudo o que leva de mim, nada mais nem além

Quem és tu anjo?
És a morte? És mais forte?

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Política e TV no Brasil, por Dé Henrique.

Democraticamente hipócrita
Hipocritamente democrática
Sistematicamente fracassada
Arcaica, antiquada e insólita

Culturalmente corrompida
Moralmente pervertida
Omissa aos compromissos comuns
Meretriz, piranha e insolente

Fatalmente vulgar
Pontualmente cruel
Atroz, implacável
Baixa, reles e desprezível

Substancialmente sórdida
Naturalmente desmoralizada
Imunda e indecente
Indecorosa, obscena e homicida

Levemente tendenciosa
Brutalmente gananciosa
Regularmente pretensiosa
Pornográfica, fraudulenta e ignorante

Concluo que,

Resta-te o resto
Àquele que te faz diferente
Que te lança a pensar
Que te arma defensivamente

Enfeita-te de conhecimento
Fortaleça-te de discernimento
Guarneça-te de sabedoria
Refugia-te em ti

Dirija-te a si mesmo
Organiza-te por si só
Conduza-te sustentavelmente
Isoladamente e coletivamente

Enfim, ei-lo que chega: O FIM.
Sombrio e lúgrube

Reflita:

O papel da televisão no cenário nacional
O papel da televisão na política
O papel da política no cenário nacional
O papel da política na televisão
O papel da política na política
O papel da televisão na televisão

E por si só alterne. Insistentemente.

A título de informação, o papelão é um tipo de papel.
Por sinal, o mais grosso e resistente.

Viva a ditadura escura
Àquela que te assola
Cuidado com a cuca que a cuca te pega

Amém,
Dé Henrique

segunda-feira, 19 de julho de 2010

O homem do coração invisível, por Dé Henrique.

Sutilmente sonda-me
Ocupa-se da minha mirada
Verás o quanto te amo
E que sem ti sou nada

O nada que vaga no inexistente
Onipotente no vasto vazio
Que simplesmente retém o sofrer
Sufocante por não te ter

No afago me levaste às ruínas
Onde resido em distorção
Resido aos resíduos
Comum ao coração

Coração que por si só fez amar
Violentamente instruído a prantear
Como quem perde a vida
Impassível a ponto de congelar

Penoso e enfadado
Desgraçado às mazelas
Abatido e enraizado
Desprezado e lançado às vielas

Guardais toda macula do mundo
Todo rancor que lhe foi oriundo
Arrisca-te e estar-se-á lutando contra o invencível
O homem do coração invisível

sábado, 17 de julho de 2010

E assim o faz, por Dé Henrique

Colocastes-nos ao mundo
Intrépida e destemida, com bravura
Sutilmente amou-nos sem cessar
A qualquer tempo, AMOR de DEUS

Juntamente com papai criastes filhos homens
Honestos e dignos, honrados por serem seus filhos
Valente, nos educou e orientou. E assim o faz
Proferiu indivíduos favorecidos, seus filhos

Ensinou-nos o valor de fazer o bem sem olhar a quem
Brava mulher, que na tempestade fez raiar o sol
Que no dilúvio orou e fez com que a vida prevalecesse
Que AMOU profundamente, adentro. E assim o faz

Mamãe; De mim pra ti.

Tu és a razão da minha vida
Tu és minha protetora, meu socorro
Deixa-me refugiar em ti?
Cuida-te a ti mesmo que a mim?
Vigia-te a ti mesmo que a mim?

Guarneço a bondade que me ensinastes
Imune das barbáries, pois me fizestes assim
Fortalecido em ti, em DEUS
Mamãe, tu és a totalidade e amo-te veemente

Bendita mamãe que nos doutrinou a AMAR
Plácida e serena. Única, perfeita para mim
Tu és o alicerce do meu ser, minha melhor parte
Tu és a razão do meu viver, onde ancora a bondade

Lutais e venceis os brutais
Guerreais e não derramais sequer o sangue
O sangue que fez-te pulsar, lançar
Angela, força estabelecida

Tu és a dádiva divina
Tu és a mensageira do AMOR
Anjinha, eminente
Amo-te e teu amor livra-me das trevas

Tu tens a alma mais nobre que se pode ter
Tu preenches o vazio do meu interior
Santíssima, de carne e osso
Que tolera as tormentas
Despedaça; cai e recompõe-se

...

SEM FINAL,
AMOR INCONDICIONAL

Mamãe, TE AMO.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Pontilha Sonar, por Dé Henrique.

Diamba. Soa-te bem?
Riamba. Ecoa-te bem?
Pango. Tange-te bem?
Birra. Faz-te bem?

Soa-te bem. O Pango.
Ecoa-te bem. A Birra.
Tange-te bem. A Diamba.
Faz-te bem. A Riamba.

Alimenta-te.
Eleva-te ao espaço infinito no qual se movem os astros.
Abóbada celeste, concernente a divindade.

Burlesco e caricato.
Vernáculo e secular.

Atacado de demência, escrupulosamente intelectual.
Sujeito bronco, ignorante.
Análogo, preconizado, ditatorial. Diria humano.

Anseio de felicidade torna-se
Sensibilidade suspensa. Interrompida, adiada.
Algazarra intelectual. Concepção da imaginação, fracionada.

Esbanjamento encefálico.
Desaproveitamento psíquico.

Emissão freqüente de impulsos neutros, anulados.

Esfaimado, ávido e burro como nunca.

Ornado e guarnecido,
Resta-te a pontilha sonar, se quiseres cultivar. . .

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Tem que dar pé, por Dé Henrique.

Não fazia idéia do quão seria difícil! Foda pra caralho.

Definitivamente minha placidez está na UTI, a ponto de perder todo o movimento vital. Sequer consigo entregar-me ao sono tranquilamente.

As idéias surgem a todo o momento, confusão total, pejo absoluto, hemorróida intuitiva.

Desprezo pelo zelo, corriqueiro; Descaso com o acaso, arbitrário; Desinteresse pelo interesse; Escassez da ínfima noção para ordenar-se em bando. Mente reumática, gangrenada.

Ligação com o certo, incerto; Objetivo e sistematizado, casual; Atormentado emocionalmente, fato. Servido ao molho madeira, viscoso, mas gostoso.

E as provas? Deveras, em altíssimo grau.
Resplandecência ao fim do túnel? Talvez.
Rebitado na fuselagem? Indubitavelmente, veemente.

Material de pesquisa? Idéias.
Material de trabalho? Vômitos literários.
Material de apoio? Palavras do tipo “NÃO ACREDITO QUE VAI DAR PÉ”
Material de divulgação? Fé, força de vontade e muita determinação.

Tem que dar pé. E bato o pé.
Vai dar pé, e se necessário for. . . CAGAREMOS SANGUE.

Por que não daria? Deu para tanta porcaria.
Sou limpinho, ecologicamente correto! Não vejo jornal, sequer voto.

Aff, to ligando o foda-se novamente. Toda 2ª é assim, inferno astral absoluto.

Em suma,
Consistência inconsistente;
Coerência incoerente;
Discernimento político.

domingo, 11 de julho de 2010

Ti, pronome pessoal. Por Dé Henrique.

Não vejo-te há horas
Não muito, segundos, minutos
Tão logo, dias, semanas
Em tempo algum, meses

Pungente, não?
De mim para mim
Que sempre ansiei por ti
Que tanto caí a procurar-te

Alheado de ti, infundo
AMOR, melancólico quando longínquo de ti
Enfadado, enraizado

Ver-te abençoada refugia-me
Livra-me de mim mesmo
Faz-se compaixão
Onde amor combina paixão

Sumário, cruel
E agora? O que faço sem ti?
Sufoco-me em minhas angustias
Fumo compulsivamente, degenera-te a ti mesmo
Privação obsessiva da ordem

Vivo a custa da barba
Intensa, como a saudade
Refugio-me atrás da porta
Minha lata cansada diz plenamente o que sou
Longe de ti é assim, este ERA meu segredo

MAS,
Nem tudo é lamento
A gente se inventa, e como inventa
Aumenta, torna-se tormenta
Palavra, verso e canção
Sons distorcidos pelo núcleo ancorado

Nem fui e não vejo à hora de voltar
Quero-te a todo caso e acaso
Para hoje e sempre, intenso

Em suma, queria dizer que TE AMO.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Dejeto do Desejo, por Dé Henrique.

Derramai-nos vossas bênçãos
Formai-nos combatentes harmônicos
Filantrópicos, utópicos, incorruptíveis
Abrigai-nos em vossa luz sublime, insistentemente

Guiai-nos à margem do impecável, culminante, sólido
Inalterável, quiçá faça-nos semelhantes de ti
Desviai-nos da nocividade humana, insensível à piedade
Tirano, atroz, bárbaro, feroz

Abrigo o medo, desconforto eclesiástico,
Romaria pragmática, descriteriosa, todavia sigilosa
Tamanho neologismo, arrogância sistematizada, equilibrada
Dilatação e irritação dos impulsos,
O filamento esbranquiçado contorce, retorce, desfaz

Dejeto o desejo, compatível a lucidez,
Cúspides degenerativa, pautada no sobretudo, todavia, portanto
Acidez honorária, eclesiástica, verossímil
Na busca insistente da réplica, tréplica. Repudio, estupendo

Dejeto o desejo, dejeto do desejo
Amargo tal qual a futilidade
Inutilidade criativa, arcaica, moderada
Controlada pela inquisição patriarcal

Dejeto do desejo
Se quiseres merda, terá
Se quiseres bosta, comerá
Faça amor consigo mesmo, esculache
Relaxe, abrace, ligue o foda-se

Cultura inculta, oculta,
Paliativa, confusa e desnecessária...

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Proteção em Relento, por Dé Henrique.

Desordem, ansiedade física dolorosa
Inquietação, desassossego, motim
Sensação íntima afagada, subalterna, fictícia
Louco implícito, atrapalhado, perturbado
Patenteado, assim penso.

Desenvolução constante, aflição espiritual
Busca insistente, eminente, diria notável
Por pouco perceptível a olho nu
Tão quão os ácaros, parasitas paranóicos

À distância, astronômica,
Medida pela velocidade da luz
Que nos guia e posiciona
Que nos move e lança

Eis que vejo-te
Vestida de branco, caucasiana
Majestade, aurora, longe da divindade
Pecadora como eu, de carne e osso, sangra

Grandeza que infunde brio, sabedoria,
Misericórdia carnal, amor sem remate
Altivez, nobreza da alma, ferro e fogo
Hipocondria insana, santíssima

Eis que vejo-te
Joga-te sobre meu arcabouço
O calabouço da alma alimenta
Resplandece, arde em chamas

Fugaz e intenso
Veemente e forte
Frenético e violento

Acalento,
Tenho em ti proteção em relento...

terça-feira, 6 de julho de 2010

Inclinação oposta, por Dé Henrique.

Encontro-me numa estrada frente à cegueira
Enfastiado, abatido, descuidado, negligente
Meu couro caleja, as ventas doem
Meu sangue, pulverulento e espesso

Itinerário, linha norte-sul
Vagar sem rumo
Itinerário, linha leste-oeste
Achar-se sem rumo

Fraco do peito, predisposto a tuberculose
Quanto aos glóbulos vermelhos
Não sei se ainda os possuo
A pulsação sim, esta existe

Deveras, prostrado
Lançado de bruços no chão
Amor, logro
Eis que inquieto vejo-te

Armado com reluz
Cintilante, resplandecente
Cambiante entre o rosa e o laranja
Partícula eletrificada, arco luminoso

Infinito e existente por si mesmo
Criador e regulador do universo
Infinitamente perfeito
Paz que se sustenta

Inclino-me a ti SENHOR...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

O que resta de ti, por Dé Henrique.

Quando te perde, o que resta de ti
Quando te consome, o que resta de ti
Quando te sufoca, o que resta de ti
Quando te fode, o que resta de ti

O que resta de ti?

Resta-te a vida, que regenera
Resta-te lutar, sempre lutar
Resta-te o mundo, enquanto não soerguer
Resta-te correr atrás dos seus objetivos, e fazer por onde eles aconteçam

Em suma,
Resta-te todo o resto
Apenas você saberá o tamanho do teu resto, se trabalhado
E o que resta de ti é tão importante quanto à parte sólida

Quanto à parte sólida, nem sempre poderá controlar
Sequer interagir.

Questão de opinião? Não.

Desafie a si mesmo
Lute por si e pelo outros
Morra e nasça todos os dias
Faça valer, faça valer
E prevaleça a vida

Afinal,

É o que resta de ti...

sábado, 3 de julho de 2010

Aqui jaz Brasil, por Dé Henrique.

Aqui jaz Brasil!

Jabulani. Tende piedade de nós.
Vuvuzela. Rogai por nós.
Bafana, Bafana. Amém.

Quem diria que voltastes ao reino do céu tão cedo.
Pobrezinho, tão bonzinho. Tão bonitinho. Todo amarelinho.
Cresceu, cresceu. Ficou grande. Diria; amarelão.

Salve a seleção.

O que nos conforta é a santa incompetência Argentina e a santa frieza Alemã.
Não sei se nesta ordem, todavia a ordem dos fatores não altera o resultado.
Não alterou.

Hoje nos resta o resto. O bagaço da laranja.
Bagaço da laranja? Como assim? Não seria o bagaço tupiniquim?

Bagaço da laranja sim!
Que comemos e ficou enroscado na garganta, como espinha de peixe.

Não fale em peixe! Tenha modos! Queres acabar comigo? Logo agora que estou me recompondo.

Peixe nos remete a Ganso e Neimar,
E sobre isso não quero comentar.

Mas como bom brasileiro que sou, e garanto que sou,
Dei meu jeitinho. Estou tranqüilo, leve como uma pluma que paira no ar.

Como fiz isso? Explico-te!

Dois mil e quatorze que tarde chegar,
Dois mil e quatorze que tarde chegar,
Dois mil e quatorze que tarde chegar,
Dois mil e quatorze que tarde chegar,
Dois mil e quatorze que tarde chegar...

Repita duas mil e quatorze vezes e terás uma surpresa.

Dé Henrique

Comunicado Importante: Campanha Solidária “Dilma Rousseff na África Sul”.

Campanha Solidária “Dilma Rousseff na África Sul”.

Cancelada por motivos “técnicos”.

Desculpe o transtorno,
Dé Henrique

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Coração Verde e Amarelo, por Dé Henrique.

Jogo da Seleção. Brasil e Holanda, valendo vaga na semifinal!

Falta pouco, minhas mãos estão frias e meu coração completamente descompassado.

Não consigo pensar em mais nada além disso!

Afinal sou brasileiro, louco por futebol.

Brasil, salve a seleção! Procuro ser patriota trezentos e sessenta e cinco dias por ano, mas tenho que confessar, meu coração nunca esteve tão verde e amarelo.

Já ouço o som das vuvuzelas e o cheiro da carne na churrasqueira. Vai Brasil, quero ver o “continente brasileiro” em festa. Merecemos mais que um “bolsa família”! Nós queremos a taça. . .

Já misturei política! Não era minha intenção.

Dé Henrique

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Quando falam por ti.

Esta velha angustia,
Esta angustia que trago há séculos em mim,
Transbordou da vasilha,
Em lágrimas, em grandes imaginações,
Em sonhos em estilo de pasadelo sem terror,
Em grandes emoções súbitas sem sentido nenhum.
Transbordou.

Mal sei como conduzir-me na vida
Com este mal-estar a fazer-me pregas na alma!
Se ao menos endoidecesse deveras!
Mas não: é este estar entre,
Este quase,
Este poder ser que...,
Isto.

Um internado num manicômio é, ao menos, alguém,
Eu sou um internado num manicômio sem manicômio.
Estou doido a frio,
Estou lúcido e louco,
Estou alheio a tudo e igual a todos:
Estou dormindo desperto com sonhos que são loucura
Porque não são sonhos.

Estou assim...

Pobre velha casa da minha infância perdida!
Quem te diria que eu me desacolhesse tanto!
Que é do teu menino?
Está maluco.
Que é de quem dormia sossegado sob o teu tecto provinciano?
Está maluco.

Quem de quem fui?
Está maluco.
Hoje é quem eu sou.
Se ao menos eu tivesse uma religião qualquer!
Por exemplo, por aquele manipanso
Que havia em casa, lá nessa, trazido de África.
Era feíssimo, era grotesco,
Mas havia nele a divindade de tudo em que se crê.

Se eu pudesse crer num manipanso qualquer – Júpiter, Jeová, a Humanidade –
Qualquer serviria, Pois o que é tudo senão o que pensamos de tudo?

Estala, coração de vidro pintado.

Fernando Pessoa (Prefiro acreditar)

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Conheci esta obra prima através de um BLOG que acompanho diariamente.
Me identifiquei bastante com ela. Não tinha pretensão de tão cedo "blogar" algo que não fosse escrito por mim, mas quando falam por ti...

Abraço,
Dé Henrique
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