Onde está você?
Onde estava você?
-Eu? Eu!
Tenho me alimentado dos mesmos pesadelos.
Então confessas?
O insano de ser insone é que,
Enquanto a noite vem, dia após dia,
Procuro quartos vermelhos,
Para não lembrar,
Se não te lembras, porque confessas?
Razão não há,
Há!
Consumo amor,
Alguns cigarros,
Gostos baratos,
Amargos,
Cheiros vencidos, velhos,
Corpos magros, pecaminosos,
Viciados, tragos intragáveis,
Não te gostaria, pois, saiba,
Termino naquele mesmo quarto,
É fácil?
Difícil é ter que te comentar.
Mas não te esqueças, que toda manhã, cá estarei, como agora,
Não repares, porém,
Nesta minha cara de ninguém...
Mudemos o rumo, veja,
Trouxe as flores mais bonitas pra decorar teu jardim,
Como de costume, trouxe, também, o velho violão,
E estes versos de mim são canteiros que achei nas ruas
E te achas suficiente?
Talvez,
Tenho medo de perder a razão, a lucidez,
A compreensão dos fatos ou da realidade,
Tenho de ir mais cedo, hoje,
Pois, naquele quarto vermelho,
Deixei meus pertences, nossas coisas,
E minha honra...
...
Sinistro. O papel aceita todo tipo de loucura. Um final fulminante para calar esta louca história.
Dé Santa Fé
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Penso, logo existo
Penso em ter filhos
Penso em não tê-los
Penso na vida
Penso na morte
Penso na luta
Penso na sorte
Penso no tio
Penso no avô
Penso o respeito
Penso o impor
Penso, logo existo.
Dé Santa Fé
Penso em não tê-los
Penso na vida
Penso na morte
Penso na luta
Penso na sorte
Penso no tio
Penso no avô
Penso o respeito
Penso o impor
Penso, logo existo.
Dé Santa Fé
Vivo
Meu corpo dói e, ainda assim, tem valido a pena.
Algumas sequelas ficarão (outras não), contudo, serão bem-vindas.
Ao passo, estreito e largo, sinto o fogo do sol a queimar meus pés e a abrandar os caminhos por seguir.
Só a morte me para.
Dé Santa Fé
Algumas sequelas ficarão (outras não), contudo, serão bem-vindas.
Ao passo, estreito e largo, sinto o fogo do sol a queimar meus pés e a abrandar os caminhos por seguir.
Só a morte me para.
Dé Santa Fé
Eu também vou reclamar
O que tá havendo com este tempo,
O que tá havendo com este tempo,
Há um temporal lá fora e ninguém parece se importar,
Nossas cabanas são de vidro e os azulejos são pedras de amolar,
O amor é utopia e escorre pela pia,
A dor é um calo que entala no ralo,
...
Vim dizer que não entendo você,
Vim dizer que também não me entendo,
Continuo correndo ou me escondendo e cada dia é um tento,
Vendo o almoço e a condução é a condição do nego,
Realidade é arma no nariz,
Cartão postal é foto do chafariz,
...
Não me perco as esperanças (são pequenas),
Não me perco por dinheiro (que não tenho),
Tenho tatuado em meu peito a imagem de Fátima,
Tenho tatuado em meu peito a imagem de Fátima,
Tenho tatuado em meu peito a imagem de Fátima,
...
Dé Santa Fé
O que tá havendo com este tempo,
Há um temporal lá fora e ninguém parece se importar,
Nossas cabanas são de vidro e os azulejos são pedras de amolar,
O amor é utopia e escorre pela pia,
A dor é um calo que entala no ralo,
...
Vim dizer que não entendo você,
Vim dizer que também não me entendo,
Continuo correndo ou me escondendo e cada dia é um tento,
Vendo o almoço e a condução é a condição do nego,
Realidade é arma no nariz,
Cartão postal é foto do chafariz,
...
Não me perco as esperanças (são pequenas),
Não me perco por dinheiro (que não tenho),
Tenho tatuado em meu peito a imagem de Fátima,
Tenho tatuado em meu peito a imagem de Fátima,
Tenho tatuado em meu peito a imagem de Fátima,
...
Dé Santa Fé
Estúpido-humano
Senhor,
Tu és inventor do homem,
O homem,
Manipulador dos sonhos....
Descobriu o mar
Madeira de entalhar
Ferro pra ferrar
O negro escravizar
O samba pra dançar
A pólvora assinar
O sonho pra livrar
O beijo aquecer
A chuva pra lavar
O sol para secar
A noite de dormir
O dia sem luar
O fogo deste chão
A próxima estação
Cerrado e o sertão
O rico e a servidão
O índio e o ódio
O cloro e o sódio
A bomba nuclear
Os tiros de canhão
O feudalismo e o capitalismo
O socialismo e o canibalismo
O raquitismo e assistencialismo
O catecismo e fascismo
A TV para entreter
A manobra e o poder
O alimento e o cimento
A escola e o convento
O amor à cura
O olho de quem fura
O torno da cintura
O livre e a usura
Dé Santa Fé
Tu és inventor do homem,
O homem,
Manipulador dos sonhos....
Descobriu o mar
Madeira de entalhar
Ferro pra ferrar
O negro escravizar
O samba pra dançar
A pólvora assinar
O sonho pra livrar
O beijo aquecer
A chuva pra lavar
O sol para secar
A noite de dormir
O dia sem luar
O fogo deste chão
A próxima estação
Cerrado e o sertão
O rico e a servidão
O índio e o ódio
O cloro e o sódio
A bomba nuclear
Os tiros de canhão
O feudalismo e o capitalismo
O socialismo e o canibalismo
O raquitismo e assistencialismo
O catecismo e fascismo
A TV para entreter
A manobra e o poder
O alimento e o cimento
A escola e o convento
O amor à cura
O olho de quem fura
O torno da cintura
O livre e a usura
Dé Santa Fé
Esperança
Dedico aos amigos que, assim como eu, não perderam a esperança e o norte.
Por trás da teia
Tem a telha
E as estrelas
Por trás dos sonhos
Tem a fé
E o coração
Por trás do pai
Tem o avô
E a criação
Por trás do beijo
O desejo
E a sedução
Por trás de mim
Esta canção
Que faz de mim
Este refrão
...
Dé Santa Fé
Por trás da teia
Tem a telha
E as estrelas
Por trás dos sonhos
Tem a fé
E o coração
Por trás do pai
Tem o avô
E a criação
Por trás do beijo
O desejo
E a sedução
Por trás de mim
Esta canção
Que faz de mim
Este refrão
...
Dé Santa Fé
Trecho: Tempo Temporal
Vendo os olhos para não te ver passar por mim e desaparecer
Vejo a multidão rumo ao furacão
E os seus sonhos vendidos
Em cada esquina um desabrigo
Cada oferenda duas ofensas e uma sentença
...
Não me acorde quando a última árvore tombar
Ou quando amor for algo de se recordar
...
Dé Santa Fé
Vejo a multidão rumo ao furacão
E os seus sonhos vendidos
Em cada esquina um desabrigo
Cada oferenda duas ofensas e uma sentença
...
Não me acorde quando a última árvore tombar
Ou quando amor for algo de se recordar
...
Dé Santa Fé
Trecho: Vou plantar o amor
...
Vou plantar o amor
No teu coração
Vou guardar um pouquinho
Da chuva de verão
Para quando o sol
Vier lhe aquecer
Desenhar barquinhos de papel
E colorir teu céu
...
Dé Santa Fé
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