terça-feira, 17 de agosto de 2010

Estado de lucidez ilícita, por Dé Henrique.

Há tempos!
De tempo em tempo.
Donde houveste, houve.
Temporal e transitório.

Secular, leigo e mundano.
Associado a dissociação.
Embaraçado físico e mentalmente.
Assim como toda esta gente.

Minhas idéias, privativas a mim e mais ninguém.
Freqüentemente desconexas ou confusas.

Enquanto isso tento externar toda utopia que me consome.

Faço por onde.
Nem sei onde.

Não sei se estou no caminho certo.
Não sei se estou no caminho errado.
Só sei que estou no meu caminho.
Nada mais, nem além.

Busco respostas nos livros de auto-ajuda.
Pouco ajuda, é bem verdade.

Meu ímpeto de valentia torna-se delírio, insânia, insônia.

Continuo lutando e seguindo.

Adiante, o futuro!
O tempo que está por vir. O destino.

O destino. Meu Deus, o destino!
Que destino?

Aquele desgraçado que tanto lutou, venceu a miséria e o preconceito, foi morto por uma bala perdida.

Preto, branco e vermelho
Calçado de sola e vestido de nu
Estudou, estudou e estudou
Aos domingos estudou, estudou e morreu

Aquela senhora jogada as traças, criou onze filhos. Vejam seu estado. Está viva, pois fede e chora.

O tempo é a pior traça
O destino traça-te e te lança às traças
Faz-te oculto e impõe o silêncio
Sobeja-te o ruído sem som

Por fim, o fim
Só e vago
Em lugar algum
Em tempo nenhum

Ei-lo que chega. . .

Amém,
Dé Henrique

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