Hoje, ao acordar, tive leve sensação de beliscar e tactear minhas confissões intrínsecas. Quem cá nunca se viu diante de tal? Então, como de costume, banhei-me lentamente, calcei-me da veste de sábado, passei um café ao amargo, passeei com as pontas dos dedos a empoeirada enciclopédia Delta. Há que confundir a alma, entorpecê-la.
Outro trago de café ao amargo. O frio, outrora tímido e discreto, está a urgir e se impõe como o senhor de alcovas, mandatário da situação vigente. Está para nos vestir e segregar as possibilidades. Nesta hora caio por mim e percebo o quão somos submissos ao tempo. É certo que vivemos a era da extravagância, estamos a plenos pulmões industriais, somo-nos a embarcação mais sisuda de todos os mares nunca dantes navegados, somo-nos, porém, uma matilha de cães raivosos a espera de réplica por parte do senhor de alcovas, o tempo.
Pergunto-vos! Quem cá nunca se viu diante de tal?
André Henrique De Santa Fé
sábado, 13 de outubro de 2012
segunda-feira, 16 de julho de 2012
O barco naufragado
A proa, confeccionada em madeira de caixote e em pano de retalhos, dava-nos a ligeira sensação de que podíamos, a qualquer hora, naufragar ou desaparecer para sempre naquela imensidão de águas, lendas, mitos e sonhos.
André Henrique de Santa Fé
Política
A política no Brasil é ‘ambidestra’, o que não é ruim. Ou melhor, em se tratando de BRASIL, é ruim sim, pois é um excelente mecanismo de confisco à oposição (se é que isso realmente existe) e de sustentação à falta de posicionamento.
Dé Sta Fé
Minha Canção
Por trás da teia
Tem a telha
E as estrelas
Por trás dos sonhos
Tem a fé
E o coração
Por trás do pai
Tem o avô
E a criação
Por trás do beijo
O desejo
E a sedução
Por trás de mim
Esta canção
Que faz de mim
Este refrão
Tem a telha
E as estrelas
Por trás dos sonhos
Tem a fé
E o coração
Por trás do pai
Tem o avô
E a criação
Por trás do beijo
O desejo
E a sedução
Por trás de mim
Esta canção
Que faz de mim
Este refrão
André Henrique de Santa Fé
Pólen
Tão tênue o cordão que fende a alma do coração que, dissociá-los, seria tão improvável quanto um Ateu ultrajando a Deus em seu leito de morte.
André Henrique de Santa Fé
André Henrique de Santa Fé
À minha amada Vó Dita
Minha alma nunca se cicatrizará. Aqui, alguém que levará vosso nome além das gerações. Esta é minha missão na terra.
Fragmentos de histórias da mulher mais rica que conheci. Ela quase não tinha dinheiro e morava numa casa muito velha...
Posso te sentir
Sentir teu cheiro
Te respirar no vento
Deus te tirou de mim
Já faz um tempo
E tudo o que sinto é falta
Ah, minha vó...
Sinto tanto
Por não termos tido mais tempo
Pra conversar
Ouvir histórias
Para aprender
Que só o amor
Persiste aos sofrimentos
...
Àquele pente no cabelo
A pequena sandália
Um vestido que é só teu
Teu riso que guardo comigo
Cada marca do teu rosto
Vó,
Estou tirando meu diploma
Serei professor tal qual a Senhora
Logo começo a lecionar
Ainda não aprendi a tabuada do ‘cinco’
Mas eu gosto de lembrar
E prometo não chorar
Doce Vó,
Se pudesse te poupar àquela dor
Trocar as injeções por beijos
Ir à casa da Éti e ficar com você
Doce Vó,
Desculpe te fazer chorar
No portão da casa da rua de terra
Quando à São Paulo devia de regressar
Ah, minha vó Dita,
Esta noite sonhei contigo
E tudo que gostaria, se dono do tempo fosse,
Era voltar à infância, pra sentir teu cheiro,
Bagunçar seu cabelo, te pedir dinheiro pra gastar no bar do Seu Zé,
Te escutar as histórias de quando teu pai te punha no colo,
Comer a linguiça frita no velho fogão e tomar água gelada da geladeira amarela,
E juro, não voltaria a São Paulo, pra nunca ter te visto chorar.
Fragmentos de histórias da mulher mais rica que conheci. Ela quase não tinha dinheiro e morava numa casa muito velha...
Posso te sentir
Sentir teu cheiro
Te respirar no vento
Deus te tirou de mim
Já faz um tempo
E tudo o que sinto é falta
Ah, minha vó...
Sinto tanto
Por não termos tido mais tempo
Pra conversar
Ouvir histórias
Para aprender
Que só o amor
Persiste aos sofrimentos
...
Àquele pente no cabelo
A pequena sandália
Um vestido que é só teu
Teu riso que guardo comigo
Cada marca do teu rosto
Vó,
Estou tirando meu diploma
Serei professor tal qual a Senhora
Logo começo a lecionar
Ainda não aprendi a tabuada do ‘cinco’
Mas eu gosto de lembrar
E prometo não chorar
Doce Vó,
Se pudesse te poupar àquela dor
Trocar as injeções por beijos
Ir à casa da Éti e ficar com você
Doce Vó,
Desculpe te fazer chorar
No portão da casa da rua de terra
Quando à São Paulo devia de regressar
Ah, minha vó Dita,
Esta noite sonhei contigo
E tudo que gostaria, se dono do tempo fosse,
Era voltar à infância, pra sentir teu cheiro,
Bagunçar seu cabelo, te pedir dinheiro pra gastar no bar do Seu Zé,
Te escutar as histórias de quando teu pai te punha no colo,
Comer a linguiça frita no velho fogão e tomar água gelada da geladeira amarela,
E juro, não voltaria a São Paulo, pra nunca ter te visto chorar.
André Henrique de Santa Fé
Sol
O sol é o guerreiro da vida
A lua é sua estrela preferida
As nuvens são seus jardins suspensos
O vento é o seu relento mais intenso
O sol que nasce outra vez
Mesmo estando ferido...
No Tibete ou num harém
O sol que nasce outra vez...
A lua é sua estrela preferida
As nuvens são seus jardins suspensos
O vento é o seu relento mais intenso
O sol que nasce outra vez
Mesmo estando ferido...
No Tibete ou num harém
O sol que nasce outra vez...
André Henrique de Santa Fé
Sou o que sou
Se você está aqui, diante de mim, independente do grau de relacionamento, é importante que saiba quem sou eu...
Quando alguém me perguntar por que ando tão calado, direi ter aprendido com o Sol.
Ser forte ao ponto que todos me sintam,
Ser fiel para que todos possam em mim confiar,
Ser intenso ao ponto de haverem dias impossíveis de me aguentar,
E, principalmente,
Permanecer quieto,
Jamais calado,
Entendendo os sinais e desempenhando o árduo e sensível papel que, por DEUS, a mim foi confiado.
Tenho pedaços meus espalhados por aí,
Em corpos que toquei,
Em almas que amei,
Em cartas que assinei,
Em lugares onde andei,
Em canções que criei,
Em versos que cantei,
Em coisas que falei,
Em bocas que beijei,
E o que está por vir não sei.
Tenho fortes dores de cabeça,
Ouço todos os sons do mundo e, confesso-lhes, alguns, nem todos podem ouvir e, a isso, cabe à sensibilidade que, negada por mim diversas vezes, suplicadas e imploradas em orações que, desaparecessem da minha humilde vida, insistiram em me desatinar e desviar o norte o qual confiava. Hoje, próximo há completar 28 anos, tenho a deliciosa incerteza do que está por vir. Não tenho um real no banco, mas posso afirmar com a cara servida a tapa que sou o cara mais rico do mundo.
Amém.
Quando alguém me perguntar por que ando tão calado, direi ter aprendido com o Sol.
Ser forte ao ponto que todos me sintam,
Ser fiel para que todos possam em mim confiar,
Ser intenso ao ponto de haverem dias impossíveis de me aguentar,
E, principalmente,
Permanecer quieto,
Jamais calado,
Entendendo os sinais e desempenhando o árduo e sensível papel que, por DEUS, a mim foi confiado.
Tenho pedaços meus espalhados por aí,
Em corpos que toquei,
Em almas que amei,
Em cartas que assinei,
Em lugares onde andei,
Em canções que criei,
Em versos que cantei,
Em coisas que falei,
Em bocas que beijei,
E o que está por vir não sei.
Tenho fortes dores de cabeça,
Ouço todos os sons do mundo e, confesso-lhes, alguns, nem todos podem ouvir e, a isso, cabe à sensibilidade que, negada por mim diversas vezes, suplicadas e imploradas em orações que, desaparecessem da minha humilde vida, insistiram em me desatinar e desviar o norte o qual confiava. Hoje, próximo há completar 28 anos, tenho a deliciosa incerteza do que está por vir. Não tenho um real no banco, mas posso afirmar com a cara servida a tapa que sou o cara mais rico do mundo.
Amém.
André Henrique de Santa Fé
Sou maluco confesso
Estou certo que meu desequilíbrio mental é uma manifestação intrínseca e genética, na qual, inconscientemente (ou não), meu organismo e essência, rejeitam a tal conduta tida como normal. Não haveria graça uma vida muito tranquila e sem contestações. Bom dia! Que venha o Leão... estou pronto a combatê-lo.
André Henrique de Santa Fé
André Henrique de Santa Fé
Faltam onze dias
Mesmo exposto ao sol, sinto frio. Quatorze de Julho de 2012. Faltam onze dias...
Não há nuvens colorindo o céu e, ainda assim, o dia está cinzento como se estivesse em obras, manchado de cimento. Talvez seja em função da hora, pois, para um sábado frio de inverno, somente os obrigados, velhos e loucos estariam acordados. Enquadro-me na terceira categoria.
Daqui donde escrevo, o ar parece puro e as pessoas felizes. Um pássaro guina de três em três segundos. Não sei qual a raça ou espécie da ave, sou tão bom com pássaros quanto com a matemática, todavia o som muito me agrada (a matemática não).
Acenderei um cigarro, mesmo sem saber se onde estou é permitido fumar. Prefiro o uso da palavra permitido ao proibido, mesmo quando negadas. Não é permito fumar me parece muito mais educado que proibido fumar. Deveria ser proibido o uso da palavra proibido, ou melhor, não devia ser permitido...
Faltam onze dias e, como de costume, toda véspera é assim, a sensibilidade me devora e, meus instintos humanos, sejam quais forem, ficam a flor da pele. Reflito, principalmente, sobre meu papel neste chão e, como nos anos anteriores, desde quando me entendo por gente, nos dias que antecedem meu aniversário, fico deveras decepcionado comigo mesmo. Não fui o filho que deveria, o neto que poderia, o sobrinho que gostaria, o amigo que voltaria, o namorado que ela merecia, nem o artista que acreditava.
O ano passou e eu passei. É certo que aprendi e compartilhei algumas coisas, porém, pequeníssimas diante o tamanho dos meus sonhos, irrisórias frente tudo aquilo que acredito.
Sentado neste banco de concreto, admirando e respirando o pouco de natureza que restara de minha cidade natal, trago, calado, um cigarro amargo. Observo com olhos semicerrados o que está ao redor. O pássaro que, minutos antes, guinara de três em três, agora já não guina. O ar, cínico, finge ser puro e, as pessoas felizes.
Enquanto gasto a caneta neste pedaço de papel, busco refúgio à alma e, descaradamente, confesso-lhes o que sou e para onde vou. Cravo mais um dia na história e o segundo seguinte não existe. Ainda não sei se lerei uma história, se prosseguirei com a escrita, se tragarei outro fumo, se voltarei a minha casa, se visitarei meu irmão, se cantarei uma canção ou se inventarei uma oração. O segundo seguinte não existe...
Hoje, a única certeza a que tomo emprestado do universo, é a inquietação. Sim, a inquietação que, bem ou mal, fez-me chegar nesta linha e, caros amigos, se tocaram aqui também, estendo-lhes a mão. Afianço-lhes, é tudo que posso oferecer. Meu coração que, de quando em quando, está sangrando, não seria bom lugar para oferecer-lhes.
Fico por aqui (ou ali), sentado (ou de pé), calado (ou tagarela), escravo (ou liberto), assalariado (ou artista)... Fico por aqui (ou ali)...
Não há nuvens colorindo o céu e, ainda assim, o dia está cinzento como se estivesse em obras, manchado de cimento. Talvez seja em função da hora, pois, para um sábado frio de inverno, somente os obrigados, velhos e loucos estariam acordados. Enquadro-me na terceira categoria.
Daqui donde escrevo, o ar parece puro e as pessoas felizes. Um pássaro guina de três em três segundos. Não sei qual a raça ou espécie da ave, sou tão bom com pássaros quanto com a matemática, todavia o som muito me agrada (a matemática não).
Acenderei um cigarro, mesmo sem saber se onde estou é permitido fumar. Prefiro o uso da palavra permitido ao proibido, mesmo quando negadas. Não é permito fumar me parece muito mais educado que proibido fumar. Deveria ser proibido o uso da palavra proibido, ou melhor, não devia ser permitido...
Faltam onze dias e, como de costume, toda véspera é assim, a sensibilidade me devora e, meus instintos humanos, sejam quais forem, ficam a flor da pele. Reflito, principalmente, sobre meu papel neste chão e, como nos anos anteriores, desde quando me entendo por gente, nos dias que antecedem meu aniversário, fico deveras decepcionado comigo mesmo. Não fui o filho que deveria, o neto que poderia, o sobrinho que gostaria, o amigo que voltaria, o namorado que ela merecia, nem o artista que acreditava.
O ano passou e eu passei. É certo que aprendi e compartilhei algumas coisas, porém, pequeníssimas diante o tamanho dos meus sonhos, irrisórias frente tudo aquilo que acredito.
Sentado neste banco de concreto, admirando e respirando o pouco de natureza que restara de minha cidade natal, trago, calado, um cigarro amargo. Observo com olhos semicerrados o que está ao redor. O pássaro que, minutos antes, guinara de três em três, agora já não guina. O ar, cínico, finge ser puro e, as pessoas felizes.
Enquanto gasto a caneta neste pedaço de papel, busco refúgio à alma e, descaradamente, confesso-lhes o que sou e para onde vou. Cravo mais um dia na história e o segundo seguinte não existe. Ainda não sei se lerei uma história, se prosseguirei com a escrita, se tragarei outro fumo, se voltarei a minha casa, se visitarei meu irmão, se cantarei uma canção ou se inventarei uma oração. O segundo seguinte não existe...
Hoje, a única certeza a que tomo emprestado do universo, é a inquietação. Sim, a inquietação que, bem ou mal, fez-me chegar nesta linha e, caros amigos, se tocaram aqui também, estendo-lhes a mão. Afianço-lhes, é tudo que posso oferecer. Meu coração que, de quando em quando, está sangrando, não seria bom lugar para oferecer-lhes.
Fico por aqui (ou ali), sentado (ou de pé), calado (ou tagarela), escravo (ou liberto), assalariado (ou artista)... Fico por aqui (ou ali)...
André Henrique de Santa Fé
Domingo qualquer
Acordado, ouvindo Nando Reis, relaxando após uma noite intranquila de sono... Mais uma vez, troquei o conforto de uma cama por um sofá apertado. É importante que o corpo se acostume com outras formas de repouso. Até mesmo, esta leve dor nas costas, se faz necessária, pois, ainda que incômoda, é sinal que o pulso pulsa. Frio em São Paulo, ar seco, sem chuva, eu e o doce barulho do som AIWA 1994. Daqui a pouco, cinco loucos ZOIÁ estarão fazendo muito barulho em algum lugar da Lapa! Vai um café? Bom dia!
André Henrique de Santa Fé
Cala a boca
Trecho do livro que estou escrevendo 'Pequenas histórias loucas - O começo, o meio e o fulminante'.
CALA A BOCA
O sol haverá de se vingar, disse ela.
Continuou... Arruaceiros, boêmios, hipócritas. Vanguardistas vulgares! Tua súcia haverá de se inclinar e clamar brandura.
Tomado de horror e amor, abracei-a, beijei-a e, naquela noite, deitamos ao rocio, cobrimo-nos de orvalho, disfarçamo-nos de mato virgem e fizemos amor.
André Henrique de Santa Fé
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Lágrimas póstumas
Onde está você?
Onde estava você?
-Eu? Eu!
Tenho me alimentado dos mesmos pesadelos.
Então confessas?
O insano de ser insone é que,
Enquanto a noite vem, dia após dia,
Procuro quartos vermelhos,
Para não lembrar,
Se não te lembras, porque confessas?
Razão não há,
Há!
Consumo amor,
Alguns cigarros,
Gostos baratos,
Amargos,
Cheiros vencidos, velhos,
Corpos magros, pecaminosos,
Viciados, tragos intragáveis,
Não te gostaria, pois, saiba,
Termino naquele mesmo quarto,
É fácil?
Difícil é ter que te comentar.
Mas não te esqueças, que toda manhã, cá estarei, como agora,
Não repares, porém,
Nesta minha cara de ninguém...
Mudemos o rumo, veja,
Trouxe as flores mais bonitas pra decorar teu jardim,
Como de costume, trouxe, também, o velho violão,
E estes versos de mim são canteiros que achei nas ruas
E te achas suficiente?
Talvez,
Tenho medo de perder a razão, a lucidez,
A compreensão dos fatos ou da realidade,
Tenho de ir mais cedo, hoje,
Pois, naquele quarto vermelho,
Deixei meus pertences, nossas coisas,
E minha honra...
...
Sinistro. O papel aceita todo tipo de loucura. Um final fulminante para calar esta louca história.
Dé Santa Fé
Onde estava você?
-Eu? Eu!
Tenho me alimentado dos mesmos pesadelos.
Então confessas?
O insano de ser insone é que,
Enquanto a noite vem, dia após dia,
Procuro quartos vermelhos,
Para não lembrar,
Se não te lembras, porque confessas?
Razão não há,
Há!
Consumo amor,
Alguns cigarros,
Gostos baratos,
Amargos,
Cheiros vencidos, velhos,
Corpos magros, pecaminosos,
Viciados, tragos intragáveis,
Não te gostaria, pois, saiba,
Termino naquele mesmo quarto,
É fácil?
Difícil é ter que te comentar.
Mas não te esqueças, que toda manhã, cá estarei, como agora,
Não repares, porém,
Nesta minha cara de ninguém...
Mudemos o rumo, veja,
Trouxe as flores mais bonitas pra decorar teu jardim,
Como de costume, trouxe, também, o velho violão,
E estes versos de mim são canteiros que achei nas ruas
E te achas suficiente?
Talvez,
Tenho medo de perder a razão, a lucidez,
A compreensão dos fatos ou da realidade,
Tenho de ir mais cedo, hoje,
Pois, naquele quarto vermelho,
Deixei meus pertences, nossas coisas,
E minha honra...
...
Sinistro. O papel aceita todo tipo de loucura. Um final fulminante para calar esta louca história.
Dé Santa Fé
Penso, logo existo
Penso em ter filhos
Penso em não tê-los
Penso na vida
Penso na morte
Penso na luta
Penso na sorte
Penso no tio
Penso no avô
Penso o respeito
Penso o impor
Penso, logo existo.
Dé Santa Fé
Penso em não tê-los
Penso na vida
Penso na morte
Penso na luta
Penso na sorte
Penso no tio
Penso no avô
Penso o respeito
Penso o impor
Penso, logo existo.
Dé Santa Fé
Vivo
Meu corpo dói e, ainda assim, tem valido a pena.
Algumas sequelas ficarão (outras não), contudo, serão bem-vindas.
Ao passo, estreito e largo, sinto o fogo do sol a queimar meus pés e a abrandar os caminhos por seguir.
Só a morte me para.
Dé Santa Fé
Algumas sequelas ficarão (outras não), contudo, serão bem-vindas.
Ao passo, estreito e largo, sinto o fogo do sol a queimar meus pés e a abrandar os caminhos por seguir.
Só a morte me para.
Dé Santa Fé
Eu também vou reclamar
O que tá havendo com este tempo,
O que tá havendo com este tempo,
Há um temporal lá fora e ninguém parece se importar,
Nossas cabanas são de vidro e os azulejos são pedras de amolar,
O amor é utopia e escorre pela pia,
A dor é um calo que entala no ralo,
...
Vim dizer que não entendo você,
Vim dizer que também não me entendo,
Continuo correndo ou me escondendo e cada dia é um tento,
Vendo o almoço e a condução é a condição do nego,
Realidade é arma no nariz,
Cartão postal é foto do chafariz,
...
Não me perco as esperanças (são pequenas),
Não me perco por dinheiro (que não tenho),
Tenho tatuado em meu peito a imagem de Fátima,
Tenho tatuado em meu peito a imagem de Fátima,
Tenho tatuado em meu peito a imagem de Fátima,
...
Dé Santa Fé
O que tá havendo com este tempo,
Há um temporal lá fora e ninguém parece se importar,
Nossas cabanas são de vidro e os azulejos são pedras de amolar,
O amor é utopia e escorre pela pia,
A dor é um calo que entala no ralo,
...
Vim dizer que não entendo você,
Vim dizer que também não me entendo,
Continuo correndo ou me escondendo e cada dia é um tento,
Vendo o almoço e a condução é a condição do nego,
Realidade é arma no nariz,
Cartão postal é foto do chafariz,
...
Não me perco as esperanças (são pequenas),
Não me perco por dinheiro (que não tenho),
Tenho tatuado em meu peito a imagem de Fátima,
Tenho tatuado em meu peito a imagem de Fátima,
Tenho tatuado em meu peito a imagem de Fátima,
...
Dé Santa Fé
Estúpido-humano
Senhor,
Tu és inventor do homem,
O homem,
Manipulador dos sonhos....
Descobriu o mar
Madeira de entalhar
Ferro pra ferrar
O negro escravizar
O samba pra dançar
A pólvora assinar
O sonho pra livrar
O beijo aquecer
A chuva pra lavar
O sol para secar
A noite de dormir
O dia sem luar
O fogo deste chão
A próxima estação
Cerrado e o sertão
O rico e a servidão
O índio e o ódio
O cloro e o sódio
A bomba nuclear
Os tiros de canhão
O feudalismo e o capitalismo
O socialismo e o canibalismo
O raquitismo e assistencialismo
O catecismo e fascismo
A TV para entreter
A manobra e o poder
O alimento e o cimento
A escola e o convento
O amor à cura
O olho de quem fura
O torno da cintura
O livre e a usura
Dé Santa Fé
Tu és inventor do homem,
O homem,
Manipulador dos sonhos....
Descobriu o mar
Madeira de entalhar
Ferro pra ferrar
O negro escravizar
O samba pra dançar
A pólvora assinar
O sonho pra livrar
O beijo aquecer
A chuva pra lavar
O sol para secar
A noite de dormir
O dia sem luar
O fogo deste chão
A próxima estação
Cerrado e o sertão
O rico e a servidão
O índio e o ódio
O cloro e o sódio
A bomba nuclear
Os tiros de canhão
O feudalismo e o capitalismo
O socialismo e o canibalismo
O raquitismo e assistencialismo
O catecismo e fascismo
A TV para entreter
A manobra e o poder
O alimento e o cimento
A escola e o convento
O amor à cura
O olho de quem fura
O torno da cintura
O livre e a usura
Dé Santa Fé
Esperança
Dedico aos amigos que, assim como eu, não perderam a esperança e o norte.
Por trás da teia
Tem a telha
E as estrelas
Por trás dos sonhos
Tem a fé
E o coração
Por trás do pai
Tem o avô
E a criação
Por trás do beijo
O desejo
E a sedução
Por trás de mim
Esta canção
Que faz de mim
Este refrão
...
Dé Santa Fé
Por trás da teia
Tem a telha
E as estrelas
Por trás dos sonhos
Tem a fé
E o coração
Por trás do pai
Tem o avô
E a criação
Por trás do beijo
O desejo
E a sedução
Por trás de mim
Esta canção
Que faz de mim
Este refrão
...
Dé Santa Fé
Trecho: Tempo Temporal
Vendo os olhos para não te ver passar por mim e desaparecer
Vejo a multidão rumo ao furacão
E os seus sonhos vendidos
Em cada esquina um desabrigo
Cada oferenda duas ofensas e uma sentença
...
Não me acorde quando a última árvore tombar
Ou quando amor for algo de se recordar
...
Dé Santa Fé
Vejo a multidão rumo ao furacão
E os seus sonhos vendidos
Em cada esquina um desabrigo
Cada oferenda duas ofensas e uma sentença
...
Não me acorde quando a última árvore tombar
Ou quando amor for algo de se recordar
...
Dé Santa Fé
Trecho: Vou plantar o amor
...
Vou plantar o amor
No teu coração
Vou guardar um pouquinho
Da chuva de verão
Para quando o sol
Vier lhe aquecer
Desenhar barquinhos de papel
E colorir teu céu
...
Dé Santa Fé
terça-feira, 17 de abril de 2012
Mundo Pequeno
Eu desenhei um mundo
Sem guerras nem portão
Hachurei um rio com água da chuva e
As nuvens de algodão
Com a pontinha da caneta
Tracei a terra vermelha
E o confeito gosto da vida
Eu fiz com mel de abelha
É o que brotou do teu coração
Segure forte em tuas mãos
De três tiras de barbante
Saiu uma roda gigante
Uma dança de ciranda
E um punhado de crianças
Bastou um teco de pano
Para construção o céu
Fiz nascer à borboleta
Com dois riscos no papel
Um beijo lento no relento
Para disfarçar o vento
Com a casca da laranja
Eu desenhei o sol
Com um recorte no balão
Inventei um coração
E de tão feliz chorei
Aquele pingo de lágrima leve
Era uma gota de neve
Com um abraço e uma flor
Imaginei o amor
André Henrique de Santa Fé Ribeiro Augusto
Sem guerras nem portão
Hachurei um rio com água da chuva e
As nuvens de algodão
Com a pontinha da caneta
Tracei a terra vermelha
E o confeito gosto da vida
Eu fiz com mel de abelha
É o que brotou do teu coração
Segure forte em tuas mãos
De três tiras de barbante
Saiu uma roda gigante
Uma dança de ciranda
E um punhado de crianças
Bastou um teco de pano
Para construção o céu
Fiz nascer à borboleta
Com dois riscos no papel
Um beijo lento no relento
Para disfarçar o vento
Com a casca da laranja
Eu desenhei o sol
Com um recorte no balão
Inventei um coração
E de tão feliz chorei
Aquele pingo de lágrima leve
Era uma gota de neve
Com um abraço e uma flor
Imaginei o amor
André Henrique de Santa Fé Ribeiro Augusto
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Proibido
É tão ávida e, por assim dizer,
Tão intensa quanto os batimentos cardíacos de um beija-flor.
É fugaz, arrebatadora, louca e, ouso dizer, contraditória,
Não se finda por toda. Adormece sob a descuidada retina do amor,
Habita o bem e reside o mal,
E por essas, desconhece distingui-los,
Está como brasa para o fogo,
Arde, inflama. É sexo e te tenta todo à queimar,
É a fúria.
A alcateia faminta e sedenta,
O embate entre corpos e coxas,
Suados, melados de branco e desejo,
Beira o abismo e a perfeição,
Te possui até na imaginação...
Me refiro a paixão.
Dé Sant'a Fé
Tão intensa quanto os batimentos cardíacos de um beija-flor.
É fugaz, arrebatadora, louca e, ouso dizer, contraditória,
Não se finda por toda. Adormece sob a descuidada retina do amor,
Habita o bem e reside o mal,
E por essas, desconhece distingui-los,
Está como brasa para o fogo,
Arde, inflama. É sexo e te tenta todo à queimar,
É a fúria.
A alcateia faminta e sedenta,
O embate entre corpos e coxas,
Suados, melados de branco e desejo,
Beira o abismo e a perfeição,
Te possui até na imaginação...
Me refiro a paixão.
Dé Sant'a Fé
sábado, 24 de março de 2012
O Renascimento do Amor
O chão é terra
E a história a seguir
Foi um sabiá que me contou
O Rei da Escócia
Aposentou-se do trono
Quando descobriu a flor
Aquele solo frio de inverno
Derreteu o coração gelado
Daquele nobre senhor
Passaram-se os anos
E quem falou
Falou sem saber
Quem duvidou
Julgou entender
Mas,
A única verdade estava ali
E sempre esteve ali
Não tinha cor nem forma
Credo ou razão
Era apenas uma singela flor
Que entre as paredes d’alma
Figurou e fulgurou
O renascimento daquilo
Que tempos depois
Foi concebido como
A maior descoberta do homem
O Renascimento do amor
Dé Sant'a Fé
E a história a seguir
Foi um sabiá que me contou
O Rei da Escócia
Aposentou-se do trono
Quando descobriu a flor
Aquele solo frio de inverno
Derreteu o coração gelado
Daquele nobre senhor
Passaram-se os anos
E quem falou
Falou sem saber
Quem duvidou
Julgou entender
Mas,
A única verdade estava ali
E sempre esteve ali
Não tinha cor nem forma
Credo ou razão
Era apenas uma singela flor
Que entre as paredes d’alma
Figurou e fulgurou
O renascimento daquilo
Que tempos depois
Foi concebido como
A maior descoberta do homem
O Renascimento do amor
Dé Sant'a Fé
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Flores de Outono
As flores de Outono são as mais vivas que já vi. O perfume intenso alimenta minhas fracas e persistentes veias.
Estou para as flores de Outono, como as palavras para o poeta. A simbiose mais intensa do universo. Não há nada que se compare...
As flores de Outono, outrora livres, caem, alimentam o chão e, para àqueles que têm fé e coragem, simboliza o renascimento, o rejuvenescimento. O rebento.
Devíamos, assim como as flores de Outono, nos permitir o contato com o chão, para nos tornarmos melhores e mais fortes.
Lembre-se. Cada Outono é um recomeço.
Quando tiveres caído, entorpeça-se das flores de Outono. É a tua grande chance de recomeçar.
Dé Sant'a Fé.
Estou para as flores de Outono, como as palavras para o poeta. A simbiose mais intensa do universo. Não há nada que se compare...
As flores de Outono, outrora livres, caem, alimentam o chão e, para àqueles que têm fé e coragem, simboliza o renascimento, o rejuvenescimento. O rebento.
Devíamos, assim como as flores de Outono, nos permitir o contato com o chão, para nos tornarmos melhores e mais fortes.
Lembre-se. Cada Outono é um recomeço.
Quando tiveres caído, entorpeça-se das flores de Outono. É a tua grande chance de recomeçar.
Dé Sant'a Fé.
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Toda guerra tem um final feliz.
O varal sem roupas,
A Árvore sem flores,
As janelas pintadas de terra,
O mato devorando as paredes e portas,
O ar, rude feito à morte.
O perfume pavoroso de pólvora, o medo contido e contínuo, o pavor cravado nas vísceras, o sangue espesso e esparramado, a fome e suas variações alucinógenas, o frio vociferante e incessante, o abandono singular em massa, a guerra, há guerra, à guerra, como uma doença crônica, corroia-nos o que sobrara dos cálidos corpos em decomposição.
Todavia, naquele casebre, donde não havia vida, estávamos seguros da morte. Precisávamos calculá-la e planejá-la. Na guerra, há de se morrer com distinção.
Ainda assim, o pulso, pulsava,
O coração, fraquejado, batia,
As pernas, trêmulas, nos mantinham.
A indústria bélica alimentava-nos de toda catástrofe e barbárie humana e, no mesmo grau, tingia-nos de todo sangue que pudesse.
Restava-nos, um ao outro, um velho casebre, uma garrafa de vodka e uma derradeira noite de amor.
Na manhã seguinte, estaríamos libertos.
Como bom ateu, beijei-a em tom de adeus. Ela sorriu e disse até logo e nos encontramos do lado de lá.
Dé Sta Fé.
A Árvore sem flores,
As janelas pintadas de terra,
O mato devorando as paredes e portas,
O ar, rude feito à morte.
O perfume pavoroso de pólvora, o medo contido e contínuo, o pavor cravado nas vísceras, o sangue espesso e esparramado, a fome e suas variações alucinógenas, o frio vociferante e incessante, o abandono singular em massa, a guerra, há guerra, à guerra, como uma doença crônica, corroia-nos o que sobrara dos cálidos corpos em decomposição.
Todavia, naquele casebre, donde não havia vida, estávamos seguros da morte. Precisávamos calculá-la e planejá-la. Na guerra, há de se morrer com distinção.
Ainda assim, o pulso, pulsava,
O coração, fraquejado, batia,
As pernas, trêmulas, nos mantinham.
A indústria bélica alimentava-nos de toda catástrofe e barbárie humana e, no mesmo grau, tingia-nos de todo sangue que pudesse.
Restava-nos, um ao outro, um velho casebre, uma garrafa de vodka e uma derradeira noite de amor.
Na manhã seguinte, estaríamos libertos.
Como bom ateu, beijei-a em tom de adeus. Ela sorriu e disse até logo e nos encontramos do lado de lá.
Dé Sta Fé.
Meu 1º Causo.
E nestas minhas andanças pelo planeta a fora, tem uma história que jamais me esquecerei. Escreverei em forma de verso, pois doutra forma não sei.
Era matuto de estudo,
Mas conhecia da vida,
No ‘borso’ não tinha um tostão,
Mas era nobre e de ‘bão’ coração,
Trajava um punhado de pano ‘véio’
Se ‘carçava’ com duas solas de pé,
E se punha a andar, feito vento no sertão,
Conhecido das flores e dos bichos,
Trazia consigo o trovão, seu violão,
A foto da finada mãe e a solidão,
Gostava dos dias de chuva e das noites brandas,
Era compositor, vagabundo e doutor,
Violeiro, andarilho e zombeteiro,
Eis que um dia bate a minha porta um senhor,
Trajando um punhado de pano e se dizendo doutor,
Pediu um copo d’água, comida e uma noite tranqüila,
Em troca dizia que faria uma moda e noutro dia cedo se ia,
Topei, pois num acreditei que fosse capaz daquela viola tocar,
A viola não tinha corda, o doutor não tinha sapato, nada estava no lugar,
Ele bebeu, comeu, dormiu e noutro dia sumiu,
Passado alguns anos, num domingo ‘quarquer’,
Ligo a televisão pra ver se tinha alguma coisa de ‘bão’,
Vejo um moço bonito de cabelo comprido, de chapéu, bota e violão,
Se dizia doutor, mensageiro de Deus e viajante do sertão,
E pedia ‘descurpa’ ao pai,
Pois a sua casa esteve dois anos atrás,
E por ‘farta’ das cordas, do cansaço e da fome,
Não pode sua viola velha tocar,
Mas que não tinha problema,
Que havia vencido na vida,
E que ainda naquele dia,
‘Vortaria’ lá para a viola tocar,
Eu, um velho andarilho, gostei do rapaz,
Desliguei a tela e fui me deitar,
E na hora da janta, quando o padeiro levanta,
Ouço um barulho na porta, que de começo apressou em me assustar,
Era aquele moço dizendo que veio de longe para sua viola velha tocar.
Dé Sta Fé
Era matuto de estudo,
Mas conhecia da vida,
No ‘borso’ não tinha um tostão,
Mas era nobre e de ‘bão’ coração,
Trajava um punhado de pano ‘véio’
Se ‘carçava’ com duas solas de pé,
E se punha a andar, feito vento no sertão,
Conhecido das flores e dos bichos,
Trazia consigo o trovão, seu violão,
A foto da finada mãe e a solidão,
Gostava dos dias de chuva e das noites brandas,
Era compositor, vagabundo e doutor,
Violeiro, andarilho e zombeteiro,
Eis que um dia bate a minha porta um senhor,
Trajando um punhado de pano e se dizendo doutor,
Pediu um copo d’água, comida e uma noite tranqüila,
Em troca dizia que faria uma moda e noutro dia cedo se ia,
Topei, pois num acreditei que fosse capaz daquela viola tocar,
A viola não tinha corda, o doutor não tinha sapato, nada estava no lugar,
Ele bebeu, comeu, dormiu e noutro dia sumiu,
Passado alguns anos, num domingo ‘quarquer’,
Ligo a televisão pra ver se tinha alguma coisa de ‘bão’,
Vejo um moço bonito de cabelo comprido, de chapéu, bota e violão,
Se dizia doutor, mensageiro de Deus e viajante do sertão,
E pedia ‘descurpa’ ao pai,
Pois a sua casa esteve dois anos atrás,
E por ‘farta’ das cordas, do cansaço e da fome,
Não pode sua viola velha tocar,
Mas que não tinha problema,
Que havia vencido na vida,
E que ainda naquele dia,
‘Vortaria’ lá para a viola tocar,
Eu, um velho andarilho, gostei do rapaz,
Desliguei a tela e fui me deitar,
E na hora da janta, quando o padeiro levanta,
Ouço um barulho na porta, que de começo apressou em me assustar,
Era aquele moço dizendo que veio de longe para sua viola velha tocar.
Dé Sta Fé
domingo, 5 de fevereiro de 2012
A.L.M.A
O tempo escorre pelos dedos da mão e, cada calo surrado, é um duelo conquistado, uma batalha travada com triunfo. Acredite, é no apertar das mãos, no ato de cumprimentar, que conhecemos a honra e dignidade de um homem.
As rugas mostram-no que, soubemos proteger nossa alma, guardá-la do inimigo. Talvez, seja esse, o grande desafio humano, a proteção a alma....
Procure prosear com tua alma e, afianço-lhe, viverá melhor e, compreenderá toda imensidão que há em ti. Cada um é um universo.
O cérebro é a razão do homem, o coração é um músculo vital e, a alma, é a emoção.
A alma é a inventora do amor.
A dor é o desespero da alma.
A fé é o equilíbrio.
A coragem é a fúria.
A alegria é o sopro calmo no cume do furacão.
Portanto, caros amigos, não fosse a alma, não haveria sentido.
Dé Sant'a Fé
As rugas mostram-no que, soubemos proteger nossa alma, guardá-la do inimigo. Talvez, seja esse, o grande desafio humano, a proteção a alma....
Procure prosear com tua alma e, afianço-lhe, viverá melhor e, compreenderá toda imensidão que há em ti. Cada um é um universo.
O cérebro é a razão do homem, o coração é um músculo vital e, a alma, é a emoção.
A alma é a inventora do amor.
A dor é o desespero da alma.
A fé é o equilíbrio.
A coragem é a fúria.
A alegria é o sopro calmo no cume do furacão.
Portanto, caros amigos, não fosse a alma, não haveria sentido.
Dé Sant'a Fé
sábado, 28 de janeiro de 2012
A.V.A.N.T.E
G.U.E.R.R.A
É tão longo o Novembro
Ouço, daqui, o soluço do vento
Atento ao vôo dos pombos,
Observo sem nada ver,
Com olhos esbugalhados,
Famintos, sedentos
É tão longo o Novembro
O frio opõe-se aos vidros embaciados e,
Como numa tarde maçada de verão, me consome
Minha vitrola não toca desde o toque de recolher e,
Todo som que ressoa a minha volta, é ensurdecedor
É tão longo o Novembro
Gasto de espírito e, não fosse questão de honra,
Feito pedaço de papel, lançava-me pela janela,
Feito água, perder-me-ia na imensidão da liberdade
Feito ar, dissipar-me-ia aos céus e, mísero, imploraria clemência
É tão longo o Novembro
Afianço-lhe, querido amigo pedaço de papel,
Donde houver uma flor que resista às tempestades
Donde houver amor que persista frente à guerra
Estarei como manifesto dos dias que fizeram deste Novembro,
O sepultamento dos sonhos, da alegria e da vida.
Dé Sta Fé.
Ouço, daqui, o soluço do vento
Atento ao vôo dos pombos,
Observo sem nada ver,
Com olhos esbugalhados,
Famintos, sedentos
É tão longo o Novembro
O frio opõe-se aos vidros embaciados e,
Como numa tarde maçada de verão, me consome
Minha vitrola não toca desde o toque de recolher e,
Todo som que ressoa a minha volta, é ensurdecedor
É tão longo o Novembro
Gasto de espírito e, não fosse questão de honra,
Feito pedaço de papel, lançava-me pela janela,
Feito água, perder-me-ia na imensidão da liberdade
Feito ar, dissipar-me-ia aos céus e, mísero, imploraria clemência
É tão longo o Novembro
Afianço-lhe, querido amigo pedaço de papel,
Donde houver uma flor que resista às tempestades
Donde houver amor que persista frente à guerra
Estarei como manifesto dos dias que fizeram deste Novembro,
O sepultamento dos sonhos, da alegria e da vida.
Dé Sta Fé.
O amor é o pulso da vida
O padeiro
Acorda o leiteiro
Que acorda o Zé
O padre
Acorda o bispo
Que acorda o sino
O enfermo
Acorda o médico
Que acorda a luta
O homem
Acorda a mulher
Que acorda os sonhos
O sol
Acorda a noite
Que acorda a lua
O bicho
Acorda o mato
Que acorda o vento
Ah, o AMOR...
Acorda o padeiro
Acorda o leiteiro
Acorda o Zé
Acorda o padre, o bispo, o sino,
Acorda o enfermo, o médico, a luta
O homem, a mulher, os sonhos
Acorda o sol, à noite e a lua,
O bicho, o mato, o vento.
O amor é o pulso da vida.
Dé Sta Fé.
Acorda o leiteiro
Que acorda o Zé
O padre
Acorda o bispo
Que acorda o sino
O enfermo
Acorda o médico
Que acorda a luta
O homem
Acorda a mulher
Que acorda os sonhos
O sol
Acorda a noite
Que acorda a lua
O bicho
Acorda o mato
Que acorda o vento
Ah, o AMOR...
Acorda o padeiro
Acorda o leiteiro
Acorda o Zé
Acorda o padre, o bispo, o sino,
Acorda o enfermo, o médico, a luta
O homem, a mulher, os sonhos
Acorda o sol, à noite e a lua,
O bicho, o mato, o vento.
O amor é o pulso da vida.
Dé Sta Fé.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Intrínseco
Tempo
O tempo corre ligeiro
Como ribeira á ribanceira
O curso é tortuoso
As pedras estão lá
Mudam de lugar (mas estão lá)
Dé Sta Fé
Como ribeira á ribanceira
O curso é tortuoso
As pedras estão lá
Mudam de lugar (mas estão lá)
Dé Sta Fé
Onde e como julgar
Ao Anjo da Guarda.
(LEIA EM VOZ ALTA. DEDICO A TI, AMIGO LEITOR).
Peço, humildemente,
Que me guarde da inveja
Da cobiça e da maldade alheia
Que me fortaleça nos sonhos
Que me proteja do inimigo
E de todo mal-me-quer
Peço, humildemente,
Fraternidade, fé e respeito,
Que não me falte afeto e piedade,
Que não me julguem,
Pois esse papel cabe somente ao Dom Supremo
Que, por mim,
Propague o amor e a paz,
Que livre meu coração das angustias e tristezas.
Que me dê força e discernimento para compreender o mundo e, principalmente,
Para compreender-me como parte dele
Anjo
Não te esqueças que continuarei errando,
Pois sou humano e, donde escrevo-lhe por ora,
Dói e, ainda assim, aceito de alma, toda sensibilidade divina, a qual a mim foi confiada
Use da minha Santa Fé,
Para quando minha guarda baixar,
Pois do veneno do mundo, imune estou
E afianço-lhe que não quero provar
Dé Sant’a Fé.
Peço, humildemente,
Que me guarde da inveja
Da cobiça e da maldade alheia
Que me fortaleça nos sonhos
Que me proteja do inimigo
E de todo mal-me-quer
Peço, humildemente,
Fraternidade, fé e respeito,
Que não me falte afeto e piedade,
Que não me julguem,
Pois esse papel cabe somente ao Dom Supremo
Que, por mim,
Propague o amor e a paz,
Que livre meu coração das angustias e tristezas.
Que me dê força e discernimento para compreender o mundo e, principalmente,
Para compreender-me como parte dele
Anjo
Não te esqueças que continuarei errando,
Pois sou humano e, donde escrevo-lhe por ora,
Dói e, ainda assim, aceito de alma, toda sensibilidade divina, a qual a mim foi confiada
Use da minha Santa Fé,
Para quando minha guarda baixar,
Pois do veneno do mundo, imune estou
E afianço-lhe que não quero provar
Dé Sant’a Fé.
sábado, 21 de janeiro de 2012
Eu sou as rosas.
Grito às rosas vermelhas
Suplico clemência às violetas
Jasmim, peço que olhe por mim
Sou descendente das flores
Quando morrer
Quero alimentar teu jardim
Dar poesia e encanto às flores
Tingir as rosas com meu sangue
Quero abraçar a seiva
Deixar a chuva correr sobre mim
Molhar meu corpo de amor
Ser o escultor do mundo
E quando, comigo, quiser estar
Grite às rosas vermelhas
Ali, estarei feliz, por estar
Vivo, servindo ao jardim de Allah
Dé Sta Fé.
Suplico clemência às violetas
Jasmim, peço que olhe por mim
Sou descendente das flores
Quando morrer
Quero alimentar teu jardim
Dar poesia e encanto às flores
Tingir as rosas com meu sangue
Quero abraçar a seiva
Deixar a chuva correr sobre mim
Molhar meu corpo de amor
Ser o escultor do mundo
E quando, comigo, quiser estar
Grite às rosas vermelhas
Ali, estarei feliz, por estar
Vivo, servindo ao jardim de Allah
Dé Sta Fé.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Você acredita?
O amor é o alicerce dos sonhos
E te guiará através da bruma do ar
O amor é o corpo do anjo
As palavras do avô
O choro do bêbado
O desespero do pai
A saudade
O amor é entorpecente
É o alimento do poeta
É a terra fecunda
É a lida; é a luta
E vicia
O amor é luz
Sujeito a fraquejar
Adoece; padece
Feri; não falece
E sempre está no seu devido lugar
Dé Sta Fé.
E te guiará através da bruma do ar
O amor é o corpo do anjo
As palavras do avô
O choro do bêbado
O desespero do pai
A saudade
O amor é entorpecente
É o alimento do poeta
É a terra fecunda
É a lida; é a luta
E vicia
O amor é luz
Sujeito a fraquejar
Adoece; padece
Feri; não falece
E sempre está no seu devido lugar
Dé Sta Fé.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
O mundo através da minha janela
Agora são quatro horas e trinta e sete minutos.
Lá fora, o sol arde como fogo, mas o sopro histérico do vento avisa que vai chover.
Trago um cigarro que, ao longo dos meus vinte e sete anos, me faz doer o peito. É como se uma cratera abrisse dentro de mim.
Moro numa viela de São Paulo. Os carros, finalmente, se consolidaram. Hoje, são mais que pessoas. Verdes são os cárceres residências e os automóveis supersônicos. As árvores são um sonho distante.
Uma cerca elétrica aramada faz minha segurança. Creio que são a prova de carros, pois, aqui, o que mais poderia me assustar?
Doutro lado da viela, um rapaz passou. Passou.
Daqui da minha janela, do terceiro andar, faço retrato do mundo. Deveras diferente do que Pessoa, Quintana e Oswald de Andrade confidenciaram-me. Talvez tenham mentido, ou quiçá, vivo em outro lugar.
Felizes são os cegos que, podem seu mundo criar. Desenham as mais lindas árvores e amores nunca vividos. Se cego fosse, poria cor a chuva e a minha viela que, embora sombria, seria o mundo, um lugar mais bonito visto pela minha janela.
Dé Santa Fé.
Lá fora, o sol arde como fogo, mas o sopro histérico do vento avisa que vai chover.
Trago um cigarro que, ao longo dos meus vinte e sete anos, me faz doer o peito. É como se uma cratera abrisse dentro de mim.
Moro numa viela de São Paulo. Os carros, finalmente, se consolidaram. Hoje, são mais que pessoas. Verdes são os cárceres residências e os automóveis supersônicos. As árvores são um sonho distante.
Uma cerca elétrica aramada faz minha segurança. Creio que são a prova de carros, pois, aqui, o que mais poderia me assustar?
Doutro lado da viela, um rapaz passou. Passou.
Daqui da minha janela, do terceiro andar, faço retrato do mundo. Deveras diferente do que Pessoa, Quintana e Oswald de Andrade confidenciaram-me. Talvez tenham mentido, ou quiçá, vivo em outro lugar.
Felizes são os cegos que, podem seu mundo criar. Desenham as mais lindas árvores e amores nunca vividos. Se cego fosse, poria cor a chuva e a minha viela que, embora sombria, seria o mundo, um lugar mais bonito visto pela minha janela.
Dé Santa Fé.
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Que sentido há, senão amar?
É no final da noite, quando o silêncio engole o mundo, que ajoelho e converso com os anjos.
Compartilho minhas aflições e, em troca, recebo o sono. E peço, humildemente, que não me faltem os sonhos, pois, da vida, só o amor não é fútil.
Mergulho bem fundo e, há que ser assim, ao passo que, nada faço, sem a confiança dos anjos. Envolto pelo amor, sou coragem. Subo à carruagem, desafio o medo e, creio que, farto é abundância do espírito. Partilho à mesa e, donde houver o toque suave dos sinos, branda será à noite.
Caminho solto enquanto o corpo repousa.
Observo atento, o casulo, prestes a dar à luz. Sábio, desde cedo 'aprendeu' amar. Arranjou o melhor lugar, seguro das presas. Enlaçado num emaranhado de cores, surge uma borboleta, desengonçada como o amor.
Paulatinamente, compreende o plano de vôo e encontra seu lugar. Misterioso é seu fim, visto que não há.
Esta hora, deixou de ter asas, para ao casulo voltar.
Dé Santa Fé.
sábado, 7 de janeiro de 2012
Versos que fiz à você
Não sei se teus olhos tão pequenos
Conseguirão me encontrar
Não sei Se tua boca tão miúda
(que me usa)
(que me suja de amor)
Conseguirá me achar
Mesmo assim, dedico-te a consoante e o próximo verso
Simplório, porém notório
Singelo, porém sincero
E vai assim...
Pegue esse meu abraço
E o guarde numa caixinha
Pegue esse meu beijo
E o guarde também
É para quando a saudade apertar
E o coração não mais agüentar
Então abra-a e me sinta
Pois lá estarei a te esperar
Dé Sant'a Fé
Coisas Pequenas
Não há nada tão pequeno
Quanto às coisas
Coisas são pequenas
Pequenas as coisas são
O amor é grande
A flor, também
E não há ninguém
Nem outrem que desdém
Tudo que vêem são coisas
Se bem que, existem coisas
Que não se vêem, também
Mas ao caso, não vêm
Exceto o amor e a flor
Que nasce sem cor
Que nasce sem flor
Que nasce sem amor
Dé Sant’a Fé.
Quanto às coisas
Coisas são pequenas
Pequenas as coisas são
O amor é grande
A flor, também
E não há ninguém
Nem outrem que desdém
Tudo que vêem são coisas
Se bem que, existem coisas
Que não se vêem, também
Mas ao caso, não vêm
Exceto o amor e a flor
Que nasce sem cor
Que nasce sem flor
Que nasce sem amor
Dé Sant’a Fé.
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Donde bate o coração.
Donde caminho
Donde maceto o chão
Donde marco passo
Donde bate o coração
Donde escrevo
Donde compus àquela canção
Donde não sei onde
Donde bate o coração
Donde vem a luz
Donde vem a escuridão
Donde exalo medo
Donde bate o coração
Donde amei
Donde me arruinei
Donde hoje longe está
Donde andarás
Donde bate o coração
Dé Sant’a Fé.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
A Natureza de DEUS.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Tempos de Guerra.
Fugiu para longe dali e, se guardou no primeiro casebre.
Ali ficou até o fim da guerra.
É sabido que morreu de fome.
Mas não pelas sujas mãos de um homem sem alma.
Descansa em paz e, hoje, de roupas brancas, joga cartas com Deus.
Sta Fé
O ANO É 2012.
Ali ficou até o fim da guerra.
É sabido que morreu de fome.
Mas não pelas sujas mãos de um homem sem alma.
Descansa em paz e, hoje, de roupas brancas, joga cartas com Deus.
Sta Fé
O ANO É 2012.
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