terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Que sentido há, senão amar?

É no final da noite, quando o silêncio engole o mundo, que ajoelho e converso com os anjos.

Compartilho minhas aflições e, em troca, recebo o sono. E peço, humildemente, que não me faltem os sonhos, pois, da vida, só o amor não é fútil.

Mergulho bem fundo e, há que ser assim, ao passo que, nada faço, sem a confiança dos anjos. Envolto pelo amor, sou coragem. Subo à carruagem, desafio o medo e, creio que, farto é abundância do espírito. Partilho à mesa e, donde houver o toque suave dos sinos, branda será à noite.

Caminho solto enquanto o corpo repousa.
Observo atento, o casulo, prestes a dar à luz. Sábio, desde cedo 'aprendeu' amar. Arranjou o melhor lugar, seguro das presas. Enlaçado num emaranhado de cores, surge uma borboleta, desengonçada como o amor.

Paulatinamente, compreende o plano de vôo e encontra seu lugar. Misterioso é seu fim, visto que não há.

Esta hora, deixou de ter asas, para ao casulo voltar.

Dé Santa Fé.

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