sexta-feira, 8 de junho de 2012

Lágrimas póstumas

Onde está você?
Onde estava você?

-Eu? Eu!
Tenho me alimentado dos mesmos pesadelos.
Então confessas?

O insano de ser insone é que,
Enquanto a noite vem, dia após dia,
Procuro quartos vermelhos,
Para não lembrar,

Se não te lembras, porque confessas?
Razão não há,
Há!

Consumo amor,
Alguns cigarros,
Gostos baratos,
Amargos,

Cheiros vencidos, velhos,
Corpos magros, pecaminosos,
Viciados, tragos intragáveis,

Não te gostaria, pois, saiba,
Termino naquele mesmo quarto,

É fácil?
Difícil é ter que te comentar.

Mas não te esqueças, que toda manhã, cá estarei, como agora,

Não repares, porém,
Nesta minha cara de ninguém...

Mudemos o rumo, veja,
Trouxe as flores mais bonitas pra decorar teu jardim,
Como de costume, trouxe, também, o velho violão,
E estes versos de mim são canteiros que achei nas ruas

E te achas suficiente?

Talvez,
Tenho medo de perder a razão, a lucidez,
A compreensão dos fatos ou da realidade,

Tenho de ir mais cedo, hoje,
Pois, naquele quarto vermelho,
Deixei meus pertences, nossas coisas,
E minha honra...
...

Sinistro. O papel aceita todo tipo de loucura. Um final fulminante para calar esta louca história.

Dé Santa Fé

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