quarta-feira, 18 de maio de 2011

Arpas (Dé)

O trem partiu
Meu coração
Rumou sem rumo

Da Maria
Fumaça
Do vagão
Fumava

Arriscou um palpite
Furado
O assoalho do maquinista

Findou o dia
Quando nascia
À noite
Fria

Aprontou-se
Livrou-se da cabeceira
Para não ler
Lia por hobby

Dormiu de colo
No meu colo
Sonhou tanto
Que babei

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