sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O Homem Galês. (Dé Thená)

Sou sua imaginação
Sou reluz e espelho d’água
Criação que o passado não apagou
Que dissipa e assopra o amor

Vejo que me vi mirando além
Resido no subsolo de um barco
Estás ancorado em qualquer pedra
Toda esquina aqui é surda e velha

E se me tem abatido
Ouço passos na viela ao lado
Vago aqui, ali e acolá também
Procuro-te por dentro

Pobre pecador de barro
Nascido por bobo nascer
Jurou revelia e amor
Um capítulo modesto de beijo seu

Notastes que ando curvado
Angulado ouvido a coração
Aguçado sentido e direção
Tomando cegueira pra loucura da visão

Caiu à noite, caí com ela
Procuro-te nos barcos as cercanias
Naufragados ou fugidos daqui
A margem ou a quem me dera

Meu girassol sem pétalas
Passarinho sem ninho coberto
Frio que resfria homem barbado
Sou de passos rápidos e pálidos

Alfred Newman?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | GreenGeeks Review