quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

(por você) (Dé Thená)

Se quiseres, você
Deseje-me uma flor rabiscada com seu amor
Um verso molhado escrito com seu pecado
Poema viril em jardim de fogo

Hoje vou brincar de ser poeta
Confio-te a todo fio de qualquer pavio
Sou o caos do poema literário dos poetas mortos
Sou músico tecido aos ouvidos de surdo

Quisera ver o mundo com fitadas de poeta
Poder beijar o rosto do Cristo Redentor
Poder se embebedar e fazer amor com o mar
Poder botar fogo em Roma pela segunda vez

Vi uma plantação de trigo sem trigo
Um jardim com lindas folhas mortas
Um soldado covarde com medo de morte
Sou poeta em minha mais bela poesia

Afianço-lhes, isso é poema de amor
Como samba de uma nota só
Quase partido alto democrático
Regido por nazistas e judeus

E para terminar.
Deus compôs o amor do poeta
Sou sua mais bela orquestra
Sou o pano de fundo desta loucura absurda (por você)

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