Ouço choro de Israel
Jerusalém é logo ali
Sou soldado calçado com os pés descalços
Meu país amamenta seus filhos de sangue
Esta natureza morta tentadora dos meus versos
Este mar tão assassino de oceanos
Esta ladainha velha de crença rara
Esta filha da puta doença de envelhecer
Calço óculos escuros em plena dez da noite
O calço para proteger-me de criptonitas
Estou entre a luz que separa o quadro pintado
Do quadro verde pintado de negro
Negro por quê?
Serviu ao negro escravo pobre povo preto aprender
Afirmo-te.
A mão branca que dita à guerra fria
Fresca, morna, branda e macia
Até o entardecer do dia de ontem e amanhã
Nossa história será escrita pelo povo de além mar
A.H.R.Augusto (D.T)
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