sábado, 24 de setembro de 2011

Sonhos, parte I.

Hoje me perdi num sonho daqueles de tirar o fôlego.
Donde fui tão feliz, donde não volto mais.

Confesso-vos.

Estava sob efeito do álcool.
A cabeça feita. Embriagado de coragem.
Puro.

Em mãos, as solvências dos meus enigmas.
Que tanto me afligem.

Àquele copo de uísque mudou toda história.

Contornei a ponte e quando dei por conta,

Estava lá.
Tudo no mesmo lugar.
Como se o tempo,
Não houvesse de passar.

A luz acesa.
A sala vazia.
O cachorro acordado,
Mas nada fazia.

As mãos, trêmulas.
A boca, seca.
O tato,
Inexistente.

O Algoz,
Ali,
Olhando pra mim.

O caçador.
Eu, a caça.
A raspa.
A casca.

Por fim, a faca.

Cerrei os pulsos.
Ferrei.
Ferido.
Só eu, fiquei.

Ao despertar,
Nada pude comentar,
Pois naquele lugar,
Já não posso entrar.

Dé.

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